sexta-feira, 29 de junho de 2007

Expansão do Metro de Lisboa

Metropolitano quer mais 9 estações em duas linhas até 2011*
O Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa prevê os seguintes troços:
Linha Amarela: Rato-Estrela (com o objectivo de chegar a Alcântara)
Linha Vermelha: Alameda-São Sebastião e Oriente-Aeroporto
Linha Azul: Amadora Este-Reboleira e Baixa Chiado-Santa Apolónia


A concretização do plano de expansão da rede do Metropolitano de Lisboa actualmente em curso, prevê a entrada em serviço de nove novas estações até 2011, distribuídas pelas linhas Azul e Vermelha, anunciou a empresa. Segundo o relatório e contas de 2006 do Metropolitano de Lisboa, divulgado hoje, com os prolongamentos nas Linhas Azul e Vermelha, a rede de metropolitano de Lisboa é alargada em 9,6 quilómetros.
Na Linha Azul, a concretização da ligação Amadora Este/Reboleira, prevê a construção de um nova estação, um aumento de um quilómetro na extensão da linha, estando a abertura prevista para 2010.
Também na Linha Azul, está prevista para 2007 a entrada em funcionamento da ligação Baixa-Chiado/Santa Apolónia, uma obra que implica a construção de duas novas estações, numa extensão de 2,2 quilómetros.
Na Linha Vermelha, a ligação Alameda/São Sebastião, que inclui a construção de duas novas estações, numa extensão de 1,8 quilómetros, tem abertura prevista para 2009, enquanto a ligação Oriente/Aeroporto, com três novas estações, estará concluida em 2010.
A ligação entre São Sebastião e Campolide deverá estar concluida em 2011, uma obra que implicará a construção de uma nova estação.
O lançamento do concurso público para a execução da empreitada do prolongamento da Linha Azul da estação de São Sebastião a Campolide, deverá ser lançado no decurso do segundo semestre deste ano.
Em complemento, estão previstas a remodelação/ampliação das estações da Linha Verde Areeiro, Arroios, Anjos e Intendente, bem como a conclusão dos interfaces Cais do Sodré e Terreiro do Paço, «a executar pelo Metropolitano de Lisboa por conta da Transtejo e da Refer».
Em 2006, o Metropolitando de Lisboa investiu 54.216 milhões de euros em custos técnicos, 92% dos quais em infra-estruturas de longa duração (49.756 milhões de euros).
Entre as infra-estruturas de longa duração destacam-se as ligações, Baixa-Chiado/Santa Apolónia, Alameda/São Sebastião e Oriente/Aeroporto, actualmente em curso.

*Diário Digital / Lusa

Mais Informações sobre o Plano de Expansão de Lisboa, aqui

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Modelo de Negócio da Alta Velocidade

Cinco PPP para infra-estruturas + uma para sinalização e telecomunicações

A RAVE opta por um modelo de negócio para a rede ferroviária de alta velocidade que assenta em parcerias público-privadas (PPP) e que vai permitir a redução substancial do investimento previsto.

O modelo de negócio apresentado conta com PPP para um prazo de 40 anos, e com uma segmentação vertical e horizontal da cadeia de valor, para a concepção, construção, exploração e financiamento da rede ferroviária de alta velocidade.

A nível vertical, a separação é feita em infra-estrutura, sinalização e telecomunicações e operação do serviço. A infra-estrutura é segmentada horizontalmente, em cinco troços da rede: dois troços do eixo Lisboa-Porto, dois troços do eixo Lisboa-Madrid e um troço do eixo Porto-Vigo. A cada troço corresponde uma PPP que contempla a substrutura (terraplanagens, pontes, viadutos, túneis, etc.), e a superstrutura (carris, catenária, etc.). Estes cinco troços, logo cinco PPP, representam 90 a 95 por cento do investimento total.

A construção das estações de Évora, Leiria e Aveiro fica integrada na PPP dos respectivos eixos. As estações de Lisboa e Porto ficam a cargo do Estado (REFER/ RAVE) através de empreitada tradicional, dada a especial complexidade das obras. A estação no novo aeroporto de Lisboa fica a cargo da NAER, já que estará integrada no terminal de passageiros. Para as estações de Elvas/Badajoz, Coimbra e Braga está, ainda, em estudo o modelo mais adequado.

Os sistemas de sinalização e telecomunicações são autonomizados numa única PPP, que corresponde a cinco a 10 por cento do investimento total, atendendo a três razões:

1. Esta opção dá resposta ao facto de existirem poucos fornecedores deste tipo de equipamentos;

2. Esta é uma componente de risco tecnológico significativo (embora minoritária ao nível do investimento total);

3. Um contrato único torna o concurso mais apetecível e concorrencial à escala internacional.

O modelo de negócio para a operação do serviço de passageiros pressupõe que é o Estado que adquire o material circulante e aluga aos futuros operadores.

A liberalização do transporte de passageiros pela União Europeia está prevista para 2010. Na altura em que o material circulante for entregue ao Estado português e em que a contratualização for efectivada, o regime liberalizado já estará consolidado.

O serviço de mercadorias (que só vai existir no eixo Lisboa-Madrid) já se encontra liberalizado desde 1 de Janeiro de 2007.

O modelo é considerado particularmente eficaz atendendo a alguns dos objectivos fundamentais:

a) Assegurar a comportabilidade para o Estado Português, através de uma redução do custo global do Projecto, por via de níveis elevados de concorrência / competitividade no processo de contratação, da maximização dos financiamentos comunitários e dos fundos gerados pelo Projecto, da dispersão do pagamento do investimento de acordo com a sua vida útil estimada e da maximização da incorporação nacional, assegurando a canalização de benefícios socioeconómicos e fiscais para o país;

b) Garantir o cumprimento de prazos, através de uma coordenação adequada entre as várias entidades públicas e privadas envolvidas no Projecto, de uma articulação adequada das diversas fases de implementação do Projecto e de uma alocação clara de responsabilidades e minimização dos factores de risco de atraso;

c) Garantir uma elevada qualidade de serviço, através de uma definição objectiva dos níveis de qualidade pretendidos, através da criação de especificações claras que facilitem o controlo e avaliação de desempenho, da potenciação de soluções inovadoras e de uma proposta de valor para os utilizadores do serviço de transporte, em termos de preço e qualidade; e

d) Minimizar os riscos, através de uma alocação adequada dos riscos às entidades / partes mais habilitadas para gerir e da implementação de uma estrutura contratual que facilite tal alocação.

O modelo encontrado está em linha com a tendência europeia que aponta para o crescimento da preferência por modelos de negócio com uma componente privada mais alargada, assentes em parcerias público-privadas, em detrimento de modelos com maior exposição estatal. Mesmo em Espanha, onde predomina o modelo público ao nível da infra-estrutura e serviço ferroviário, a recente linha Espanha- França (Figueras-Perpignan) está a ser construída com 50 por cento de financiamento privado. Também em França, a construção e exploração da linha de TGV entre Tours e Bordeaux será concessionada a privados no quadro de uma parceria públicoprivada.

De resto, os estudos comparativos com outras experiências recentes a nível europeu mostram que os projectos desenvolvidos em PPP resultam em menos derrapagens nos prazos e nos custos.

Investimento seiscentos milhões de euros abaixo do previsto

Em vez dos 4,7 mil milhões de euros para o eixo Lisboa-Porto, incluindo as seis estações, a RAVE prevê que sejam gastos 4,5 mil milhões de euros, e que, em vez dos 2,4 mil milhões de euros para a alta velocidade entre Lisboa e Caia (excluindo TTT), sejam gastos 2 mil milhões de euros.

Assim, os valores actualizados mostram uma redução de 11 por cento na construção do eixo Lisboa-Porto e de 17 por cento no eixo Lisboa-Madrid. Estas revisões orçamentais representam seiscentos milhões de euros de redução do investimento.

Quanto à terceira travessia do Tejo (TTT), estão previstos 600 milhões de euros de investimento para a alta velocidade e outro tanto para o modo ferroviário tradicional. A existência de uma solução rodoviária para este trajecto está, ainda, em avaliação.

Esta optimização resulta do recurso a ferramentas de “Value Engineering”, de equipas especializadas focadas nos troços com maior concentração de custos, da avaliação exaustiva de soluções alternativas e da racionalização das opções técnicas.

O Estado e os fundos da União Europeia deverão suportar 55 por cento do investimento. Estima-se que o projecto gere um “cash flow” operacional que permita cobrir cerca de 45 por cento do investimento necessário.

Alta Velocidade criará 36 mil novos postos de trabalho

O mais recente estudo, desenvolvido por Marvão Pereira e J.M. Andraz em 2007 aponta para que o investimento na rede de alta velocidade resulte na criação, a prazo, de 36 mil novos postos de trabalho permanentes, num aumento do investimento privado na ordem dos 76 mil milhões de euros, num crescimento do PIB de 99 mil milhões de euros e num acréscimo cumulativo de 21 mil milhões de euros de receita fiscal do Estado.

Procurando aferir a divisão regional do impacto do investimento, o estudo mostra efeitos positivos no investimento privado e no PIB em todas as regiões. Em termos relativos, são as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Norte as que maiores benefícios recebem em todas as variáveis macroeconómicas.

Primeiro concurso público no segundo trimestre de 2008

O eixo Lisboa-Madrid deverá tomar a dianteira do processo. Os concursos vão ser lançados no segundo trimestre de 2008 para o troço Poceirão – Caia (incluindo a componente ferroviária convencional no troço transfronteiriço), em Julho para a estação de Lisboa e no segundo semestre de 2008 para o troço Lisboa – Poceirão, incluindo Terceira Travessia do Tejo (TTT) com a componente ferroviária convencional. O lançamento dos concursos relativos à construção dos troços Lisboa – Pombal e Pombal – Porto e à aquisição do material circulante estão apontados para o primeiro semestre de 2009. Para Março o da estação do Porto, para o segundo semestre o concurso para a construção do troço Braga-Valença, pertencente ao eixo Porto-Vigo. Finalmente, no primeiro semestre de 2010, será lançado o concurso para a sinalização e telecomunicações para toda a rede entre Valença, Lisboa e Caia.

Projecto cumpre calendário previsto

Até ao fim do primeiro semestre do corrente ano estão cumpridas as metas de apresentação do modelo de negócio e da candidatura a fundos comunitários. No segundo semestre, a RAVE ocupar-se-á das especificações técnicas para as PPP e da preparação dos documentos de concurso, enquanto também se aguarda uma decisão sobre a componente rodoviária da TTT. Em 2008 os processos de avaliação ambiental deverão estar concluídos, bem como os estudos de suporte, no âmbito do decreto-lei das PPM, e terá início o processo de contratação da infra-estrutura.

Quanto às entradas em serviço, os prazos mantêm-se: em 2013 ficam a funcionar o eixo Lisboa-Madrid, o modo ferroviário na TTT, a ligação Porto-Braga-Valença, e em 2015 entra em funcionamento o eixo Lisboa-Porto.

O Estudo da CIP - Localização em Alcochete


Muitos de vocês já provavelmente encontraram este estudo na internet porque ele está disponível há algum tempo.
No entanto para aqueles que ainda não tiveram oportunidade de ler o estudo entregue pela CIP ao Presidente da República, Dr. Cavaco Silva, e que está na base das mais recentes polémicas em torno da localização do aeroporto internacional de Lisboa reproduzimos aqui os links para:

Resumo, versão pdf. da apresentação do relatório

Texto integral, versão zip

As mais recentes polémicas dão conta de um entendimento entre José Sócrates e o Presidente da CIP, que por sua vez indica ter avançado após uma conversa com o Professor Doutor José Manuel Viegas. O estudo foi produzido pela TIS.pt e apresenta uma nova solução de localização.
A questão deste novo aeroporto é estratégica para todo o país e terá implicações na definição da posição de Portugal na Península Ibérica e na Europa, pelo que a sua localização representa um aspecto fundamental. A decisão será sempre política mas é fundamental que se conheçam todos os aspectos do ponto de vista técnico que possam fundamentar a melhor decisão política no interesse dos portugueses.

Afinal havia O(u)T(r)A localização!

Mário Lino, Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações anunciou hoje a suspensão do projecto da Ota para estudos complementares na margem sul sobre uma eventual nova localização.

O objectivo será desenvolver um estudo comparativo entre a Ota e Alcochete. Para tal, Mário Lino, mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil para apresentar as suas conclusões dentro de seis meses. Este anúncio cujo desenvolvimento pode ser acompanhado aqui (versão online do Expresso) surgiu num colóquio sobre a temática da localização do novo aeroporto de Lisboa que decorreu segunda-feira de manhã na Assembleia da República. Nesse colóquio participou, entre outros, o Professor Doutor Paulino Pereira do Instituto Superior Técnico cuja intervenção está recuperada mais abaixo na totalidade.

Na quarta-feira passada os professores do Instituto Superior Técnico elaboraram um abaixo-assinado: “Um Aeroporto Internacional para todo o século XXI” para entregar ao governo que pode ser consultado aqui.

A intervenção do Professor Doutor Paulino Pereira é aqui recuperada na totalidade. Para aceder, clique:

Parte 1 http://videos.sapo.pt/E1DszuuEJTsvF3VKvWbj

Parte 2 http://videos.sapo.pt/0zNSGhrQ6GQ4ENVIN1eZ

Dos restantes intervenientes retemos algumas das ideias principais, lá mais para a frente será possível apresentar um vídeo com um resumo das intervenções se se considerar necessário.

Dra. Paula Costa - Representante ANAER

ü Ota surge desde 1982 como opção mais viável

ü Ota e Rio Frio já foram analisadas conjuntamente

ü O IST nesse estudo trabalhou questões relacionadas com os sistemas hídricos

ü Foram identificados impactos incontornáveis em Rio Frio que não eram sustentáveis.

ü Os impactos eram minimizáveis na Ota de entre todas as localizações analisadas.

ü Um novo aeroporto é um processo moroso.

ü Nunca vi estudos de grandes especialistas excepto da CIP.

ü A base de tráfego de Portugal não justifica a solução DUAL (Portela mais um) bem como não é possível separar administrativamente os tipos de tráfego.

ü Poceirão, Faias e Rio Frio são geograficamente iguais.

ü Campo de Tiro de Alcochete tem de ser preservado.

General José Lopes (Eng.º Aeroportos) – Ministério Defesa

ü “Eu trato os aeroportos por tu”

ü Criar aeroporto que potencie o país.

ü Portela durará 75 anos desde a sua abertura. Não se pode deixar asfixiar um aeroporto

ü A pista é orientada a favor do vento e na OTA nada se pode esquecer. O projecto está limitado à partida.

ü O relevo impede utilização de meios de segurança de aproximação à pista.

ü A OTA não servia à Força Aérea na reestruturação do pós 25 de Abril.

ü A proximidade da A1 e Linha do Norte não são vantagens.

ü Há pouca gente na margem sul

ü O estado tem 7500 há em Alcochete (4 aeroportos) e 300 há na OTA.

ü O aeroporto de Madrid está em cima de um aquífero utilizado para abastecer essa cidade

ü Chamem quem quiser no mundo que venha cá dizer que a OTA é melhor que o Sul.

ü Hoje fazer bem não chega, é preciso fazer melhor.

Prof. José Palma – Ambientalista

ü Portela não é solução devido ao ruído.

ü “O ruído mata”

O DN dizia hoje que este é o pontapé de saída para o debate sério sobre esta questão. Resta saber se este "recuo" do Governo é uma mera cedência às pressões da elite técnica de Portugal e da população ou se realmente este foi o pontapé de saída para o debate sério que por vezes não tem acontecido.

Luís Manuel Madureira de Almeida

Aluno 51869 MEC/PTG

Apresentação do Blog

Alguns alunos do perfil de Planeamento, Transportes e Gestão do agora Mestrado em Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, decidiram lançar um blog.
Este blog terá como objectivo referenciar os acontecimentos de maior relevo na área de influência do perfil, fomentar a participação dos alunos, futuros engenheiros civis muito perto de iniciar a sua actividade profissional, na sociedade civil através das suas opiniões e sugestões. Por outro lado, a vertente académica. A aproximação entre todos os alunos na discussão de ideias e no debate de algumas temáticas como a questão do novo aeroporto internacional de Lisboa e da rede de alta velocidade ferroviária que poderão ser úteis no desenvolvimento dos diversos trabalhos. Não esquecendo a disponibilização dos trabalhos académicos e dissertações que entretanto forem sendo produzidas.
O perfil de Planeamento, Transportes e Gestão, que com a implementação das disposições de Bolonha adquire a designação de Transportes, Sistemas e Infra-estruturas, tem sido por vezes encarado como o “parente pobre” da licenciatura/mestrado em Engenharia Civil. A verdade é que os grandes desafios do nosso país a curto e médio prazo passam por estas questões. A verdade é que o Técnico forma os melhores profissionais de engenharia do país, facto que as estatísticas desmentem por uma escassa e irrelevante décima. A verdade é que os alunos do Técnico são os mais bem preparados para enfrentar no imediato os grandes desafios da vida profissional. Por estas e outras razões, os alunos deste perfil consideraram que devem participar também na vida social do país nas questões que lhes digam directamente respeito. E materializaram essa conclusão através do lançamento de um blog. Contamos, por isso, com todos para tornar este blog interessante, quer através de textos individuais, quer através da disponibilização dos trabalhos científicos, quer através do comentário, opinião e debate de ideias. O importante é contar com todos.
A nossa opinião vale o que vale… mas sentimos que devemos emiti-la sempre que se afigurar pertinente.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Será por causa do Túnel do Marquês?

Poderia ser uma rua qualquer na cidade de Nápoles, mas curiosamente é a nossa querida Avenida Coronel Eduardo Galhardo. Agora imaginem se, do outro lado da rua em frente à passadeira, não estivesse uma esquadra de polícia...ehehhe!!!!

Ensinamentos de uma barbearia...

Fez hoje uma semana.Esperava pela minha vez num daqueles momentos de sobeja aprendizagem que são a ída ao barbeiro lá da terra de 3 em 3 meses. Tínha ansiosamente esperado um trimestre por este momento. Habituado às variadas conversas sobre o mercado futebolístico, saudosismos salazaristas, protecção do pequeno comércio e ao "estes gajos é que ganham o dinheiro e nós é que nos chateamos",hoje a conversa era outra. O Sr Zé (o da tesoura) esgrimia-se em argumentos sobre o Aeroporto de Lisboa com o doutor (sim, com letra pequena) qualquer coisa, Marques acho eu. Sentei-me na cadeira do lado direito. "Como é que vai ser?",perguntou o Zé."Curto, por favor",respondi. Enquanto me borrifavam a cabeça como se lá estivesse um arrozal cheio de mosquitos, o Zé e o doutor continuavam a discussão. Pensei obviamente em dizer qualquer coisa.Mas não. Calei e escutei. Nem sequer esboçei um único aceno de cabeça.Perguntei ao sr do lado se o Derlei já estava confirmado no Sporting. Timidamente encolheu os ombros e continuou a sua conversa. Não tinha conseguido mudar o tema de conversa. Fim de cruzada.A OTA já tinha chegado à barbearia. Paguei, despedi-me e fui para casa pensar em linhas de alta velocidade na esperança de que da próxima vez que curtar o cabelo possa ouvir falar sobre a arbitragem do Sporting-Benfica. Era hora de sair de cena.

Ostentação Territorial Avançada (1)

Para quem ainda não está convencido, cá vai um belo portfólio.
Não, não é a lagoa de Albufeira !!!





Cá vamos nós outra vez!!!